"Em tudo amor"

Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei com o bronze que soa ou como címbalo que retine.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A morte que gera vida

Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto. Jo 12.23-29
Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Fl 1.20-22
Ninguém gosta de falar de morte. Quando chegamos nesta palavra em qualquer coisa que estamos falando ou escrevendo sempre surge uma expectativa. Quem é que realmente tem disposição para morrer? A eternidade é algo fascinante e não passar pela “dor” da morte é algo que, por muitos é almejado com todo ardor.
Mas servimos a um Senhor que vem e nos faz uma proposta intrigante que vai totalmente na contramão do pensamento comum. Jesus vem e diz: “Para ter uma vida comigo será preciso você morrer e se você estiver preocupado em não morrer, tornar-se-á insignificante”.
Quantos que, ao ler esta mensagem, realmente terão vontade de morrer pelo Senhor?  Logicamente não podemos tomar esta expressão ao pé da letra, falo aqui de uma entrega total e sem reservas para as coisas de Deus o que implica em ele dirigir a minha vida, meus desejos, minhas ações, etc.
É um momento oportuno também para refletir: O quanto eu morri depois que encontrei Jesus? O quanto de mim já não é mais como era antes? Eu sou uma nova criatura ou tenho vivido ainda nos padrões antigos, os quais ditavam minha vida antes de servir ao Senhor?
Jesus em sua colocação no texto em João diz que se o grão de trigo não morrer não dará frutos, ou seja, no reino de Deus morrer é uma ordem e não uma opção!! Se eu desejar gerar algum tipo de fruto, ou fazer a diferença, tenho que desistir de mim mesmo e entregar-me a Cristo, aos propósitos d’Ele.
Parece ser algo fácil, assim escrito ou pregado, mas e para ser vivenciado? Em um tempo onde o que impera é o egoísmo e a competição. Onde o ter vale mais do ser. Onde um sobrenome talvez é mais importante do que a pessoa que carrega o nome. Sim, talvez esta seja uma das mais difíceis propostas do Senhor para nós.
Salomão em Eclesiastes escreve que prefere estar na casa onde há luto do que estar onde tem banquetes e festas. (Ec 7.2). Curiosamente é o que mais procuramos. Iludimo-nos com a sensação de felicidade que estes lugares apresentam e assim esquecemos que existe algo para realizarmos: morrermos!! Não! Não estou fazendo aqui apologia aos crentes “beatos” que de tão santos que são esquecem que são sal da terra e luz do mundo. Estou apenas lembrando que a vida passa rapidamente e se não atentarmos para a vontade de nosso Senhor jamais chegaremos a agradá-lo.
Paulo aos filipenses prega com toda ousadia que o viver para ele é Cristo e o morrer seria lucro. O que é a vida para você? Carros na garagem? Conta bancária organizada? Ausência de problemas e perseguições? Paulo é enfático: Para mim, diz ele, o viver é Cristo!! É a vontade de Cristo, pelo qual morro todos os dias, toda hora, todo instante!
Cair na terra e morrer significa, dentre outras coisas, colocar os pés na missão. Significa olhar para um novo horizonte sob o comando do nosso general de todas as batalhas, Jesus Cristo.
Talvez esta mensagem possa ter-lhe deixado para baixo, mas não terminarei assim. Aquele que diz para nós morrermos para as coisas desta vida é o mesmo que venceu o poder da morte e foi glorificado! Esta glória esta manifesta já desde a vinda do nosso Senhor em figura humana e hoje quer atrair você definitivamente para algo muito maior. Algo que como diz o apóstolo Paulo: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que o Senhor tem preparado àqueles que  O amam”. Cf 1Co 2.9.
Deus seja contigo.
Pr. Lindomar Nascimento

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